Ganhou que os traz ao peito
hábitos e medalhas
nunca matando irmãos
mas a rasgar mortalhas!
Tomás Ribeiro
Nasceu em Olhão em 1798 e faleceu em Paço de Arcos em 1890, com 92 anos. Pouco depois de ter aprendido a ler e escrever, começou a trabalhar no mar, com cerca de dez anos, exactamente no mesmo ano (1808) em que decorreu a revolta de Olhão contra os franceses e o caíque Bom Sucesso foi ao Brasil avisar o príncipe regente da restauração da província (Ver Viagem do caíque Bom Sucesso).
Aos 19 anos emigrou como pescador para Gibraltar mas, sem sucesso, pelo que aos 21 anos foi viver para a Vila de Paço d'Arcos, onde trabalhou como remador da falua do Bugio. Aqui tornou-se Patrão de Salva-Vidas, tendo-se destacado por imensa bravura ao salvar centenas de vidas na Barra do Tejo.
Foi condecorado com a Ordem da Torre e Espada pelo Rei D. Luís, a patente de 2º Tenente da Armada pela Marinha, e uma condecoração do governo britânico pelo salvamento da tripulação de duas escunas inglesas.
Teve funeral nacional organizado pela Marinha.
No cemitério de Oeiras pode-se visitar o seu mausoléu, e em Paço d'Arcos existe um monumento de homenagem na rotunda da Avenida Marquês de Pombal.(na Wapedia)
No monumento constam os versos citados.