4.3.09

Soneto de Inês

(Columbano)

Dos olhos corre a água do Mondego 
os cabelos parecem os choupais 
Inês! Inês! Rainha sem sossego 
dum rei que por amor não pode mais.

Amor imenso que também é cego amor 
que torna os homens imortais. 
Inês! Inês! Distância a que não chego
 morta tão cedo  por viver demais. 

Os teus gestos são verdes
os teus braços são gaivotas
poisadas no regaço dum mar azul turquesa  intemporal. 

As andorinhas seguem os teus passos
e tu morrendo com os olhos baços 
Inês! Inês! Inês de Portugal.                     

José Carlos Ary dos Santos 



(túmulo de Inês de Castro no mosteiro de Alcobaça - Portugal)

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Quero só trazer à memória o que me dá esperança...

Hino da Restauração da Independência



A PORTUGUESA