17.5.10

Flores para Coimbra


Que mil flores desabrochem. Que mil flores
(outras nenhumas) onde amores fenecem
que mil flores floresçam onde só dores
florescem.

Que mil flores desabrochem. Que mil espadas
(outras nenhumas não)
onde mil flores com espadas são cortadas
que mil espadas floresçam em cada mão.

Que mil espadas floresçam
onde só penas são.
Antes que amores feneçam
que mil flores desabrochem. E outras nenhumas não.

Manuel Alegre

1 comentário:

Miguel disse...

flores... o espelho mais límpido da vida humana... tão belas e tão efémeras...

gosto muito de poesia e ainda mais dos poetas como Manuel Alegre...

grato por este pedaço de saudade da minha Coimbra...

peregrino

Quero só trazer à memória o que me dá esperança...

Hino da Restauração da Independência



A PORTUGUESA